terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pelo visto, não tomou o suficiente

Conversa na sala de espera lá do médico :

- Você tomou Fosfosol quando era criança?
- Não me lembro.

E o pior é que eles estavam falando sério...

Maresia

Na Record News, nesta manhã de terça, um cara descrevia o que viu no céu do Rio de Janeiro:
"Eu estava aqui no meu apartamento , olhando prá janela, quando ví um objeto maior e um menor, um branco e um azulado. Pareciam charutos fumegantes que surgiram do nada lá no céu, perto da Pedra da Gávea, e começaram a andar pelo céu. Iam de um lado para o outro, por um tempão...".
Esse povo deve estar fumando aquela maconha que vem com bosta de cavalo e grama seca misturada...
Vindo do Rio de Janeiro você pode esperar de tudo, né ?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Emergências, boa noite!

Que o Corpo de Bombeiros é uma corporação valorosa, não tenho dúvidas.
Pela contribuição dada ao povo brasileiro, muitas vezes representada pela própria vida, eles são respeitados e queridos de toda a população.
Mas esse caso, que pouca gente sabe, manchou aquele conceito irretocável que eu tinha deles.
Era noite de sete de setembro de 2002 e meu pai agonizava aqui em casa. Eu e minha mãe resolvemos procurar por socorro, visto a delicadeza do quadro.
Ele estava por um fio: fraco, com dores e com muita dificuldade em respirar.
A situação era crítica.
Liguei para os Bombeiros, visto tratar-se de uma emergência com risco de morte, e qual foi minha surpresa quando o atendente - depois de segurar-me na linha por um tempo precioso - pediu para que eu ligasse para a âmbulancia do Hospital Municipal.
Fui "triado" por uma pessoa que decidiu, por telefone, se o caso de meu pai era grave ou não.
Desesperado eu implorei, mas isso não adiantou de nada.
Sem querer malhar em ferro frio deixei o Bombeiro para lá e liguei para o Hospital Samaritano (onde meu pai era conveniado pela Unimed). Lá, havia uma ambulância para o atendimento do convênio. Um direito estipulado em contrato que de nada adiantou. A resposta da atendente foi que o motorista deveria ser chamado para atender a ocorrência e, como ele estava na casa dele de "plantão", seria mais prudente e rápido pedir a ambulância do Hospital Municipal mesmo.
Não era hora de discutir, liguei para o Hospital e fui prontamente atendido. O rapaz responsável disse que era para eu me acalmar que em questão de minutos meu pai seria socorrido.
Dei meu endereço e ainda expliquei o caminho : desça a Avenida Raul Furquim reta e vire na Campos Sales que é na metade do 2o quarteirão.
Meia hora de agonia para a gente, que foi acrescida de desespero e dor a meu pai.
Meia hora para se andar 1 km e meio.
A "ambulância" que encostou na porta da minha casa, depois desse tempo todo, era uma Kombi velha com uma maca de madeira sem grades, nem correias : meu pai contou, nesses 06 quarteirões que nos separavam do hospital, com meu apoio para não rolar, literalmente, pelo chão da viatura.
Foi um sufoco removê-lo, rígido pelo Parkison, da cama até a Kombi só com a ajuda do motorista - o único que veio.
Foi um sufoco segurá-lo dentro daquela coisa que chamam de ambulância.
Foi um sufoco acompanhar minha mãe do lado de fora da UTI.
Foi um sufoco saber que ele não passaria daquela noite....
E ele não passou!

E os plantões do Corpo de Bombeiros, da Unimed e do Hospital Municipal transcorreram sem maiores novidades durante aquela noite toda.
E essas pessoas que me driblaram, enrolaram, fizeram pouco caso da gente e não deram a devida importância à vida do Sr. Sylvio, foram para a casa logo que amanheceu. Foram com aquela sensação do dever cumprido, do salário justificado.
Foram e dormiram o sono dos justos, enquanto eu velava meu pai naquela manhã.

Será que no Juizo Final seremos cobrados somente pelas coisas erradas que fizemos conscientemente?
Será que seremos cobrados pelas nossas omissões da forma que o seremos pelas nossas faltas?
Tenho muita coisa para explicar a Deus quando ele me "enquadrar" lá em cima.
Mas, fico mais tranquilo em saber que lá a fila, até chegar na minha vez, será grande.
Nela vai haver, pelo menos, um bombeiro, uma telefonista, um atendente e um motorista de ambulância, todos suando frio antes de mim.

Eleições 2010

Infelizmente os que decidirão as eleições no Brasil não serão aqueles que lêem jornal.
Mas, aqueles que limpam a bunda com ele.

Par ou impar

Pode parecer uma coisa absurda, e talvez seja mesmo, mas eu passei pelos anos impares mais tranquilo do que pelos anos pares.
Em anos pares perdi meus pais, nasceram meus filhos e entrei nos meus dois empregos.
Nos impares casei, mudei para a minha legítima casa e aposentei.
Isso são só alguns exemplos para você entender o que eu quis dizer.
Se eu fosse fazer uma linha do tempo pontuando os fatos que ocorreram comigo aqui, ocuparíamos uma página toda.

Aprendi

Aprendi neste final de semana que não sei nada sobre a juventude atual, que sou "quadrado" e que meus valores já estão com prazo de validade vencido.
Aprendi que os comportamentos mudam com o passar das gerações e que isso não significa, a meu ver, uma evolução.
Aprendi que o que você ensina não é necessariamente absorvido e seguido.
E que a Sociedade (representada pelos pares, de mesma idade ou geração) com suas regras e costumes tem uma influência e um peso, se não igual, semelhantes ao pátrio poder.
Aprendi que estou ficando velho e careta.
Aprendi que não consigo parar a "roda" do mundo, que mói e modifica a todos nós: queiramos ou não.
Aprendi que devo suportar as mudanças, mesmo não concordando com elas, pois - caso não o faça - corro o sério risco de ser excluído do contexto dos acontecimentos.
Aprendi que aquilo que minha mãe me ensinou foi usado em boa parte das minhas atitudes como adulto. Mas, aquilo que ensinamos aos nossos filhos será usado em uma parte cada vez menor.
A velocidade das mudanças de comportamento acompanham a velocidade da comunicação entre as Culturas. Isso, atualmente, é instantâneo.
Nos meus dias de aprendiz de gente, para se ter uma idéia, uma noticia levava um dia para aparecer no jornal e um gol no exterior era visto uma semana depois.
Tem horas que tenho medo do Futuro!

Desejo

Eu quero comprar um Escort europeu conversível. Aquele com cara de sapo e de capota elétrica.
Só não faço por que aqui em casa ninguém deixa, não tenho onde guardá-lo e não tenho dinheiro também.
Precisa de mais argumentos ou três tá de bom tamanho ?

Futsalto alto

Bebedouro foi campeão de alguma coisa no Futebol de salão Feminino.
Eu vi, com esses zóio que a terra há de comê, a "moça" dando entrevista na televisão.
Juro que eu fiquei com medo dela.
Mão do céu, ela deve ter um Nike maior do que o meu!

Na comemoração pelas ruas, muitos fogos - isso eu escutei aqui de casa.
Na comemoração pelas ruas, muita sujeira - isso eu vi lá no Lago à noite.
Foguetes queimados jogados, às duzias, pela avenida. Doidinhos para entupirem os bueiros ou ficarem boiando, por uns meses, nas águas cristalinas do lago artificial.

Moral da história :
Futebol de salão feminino é coisa prá macho e pra gente porca : aprendi nesse final de semana.

Nasce o Vandercleisson...

...e a Karine Tauane.

Silvio Santos ouviu neste domingo a moça do auditório, que mora no Pará, dizer que tem seis filhos e casou-se aos 13 anos.
Vida dura desse povo.
Mas, sabe, não aguento mais ver gente que não tem condições ficar enfiando filhos na face da Terra. A gente com um ou dois filhos já se descabela perante as dificuldades que aparecem.
Acho que todo mundo tem culpa nessa história...
Culpa da miséria, culpa da falta de cultura desse povo, culpa dos orgãos de Saúde que não orientam, culpa da classe política que quer ver o gado andar pela seringa sem questionar, culpa da Igreja que não admite o controle de natalidade e fomenta essa situação em nome de Deus, culpa da falta de interesse desse povo em buscar medidas contraceptivas, culpa da gente que fica aqui escrevendo essas coisas de madrugada e que deveria estar lá tirando aquele desgraçado de cima da coitada antes que eles virem os olhos e façam o sétimo filho fudido.
Me ajude e corre prá lá também! Mas cuidado prá não pisar nos moleques espalhados pelo chão da casa e que vivem vendo essa cena deplorável quase todos os dias.

O tempo voa

Uma vez, há muitos anos - lá na adolescência - uma namoradinha dessas de escola me chamou, em uma discussãozinha por causa de bobeira, de "fraco".
Não um fraco fisicamente, intelectualmente ou moralmente falando. Mas um fraco de atitudes, no modo de agir.
Ela era na pré-adolescência, como toda menina o é, mais amadurecida que eu e aquilo doeu em mim.
Eu, como um fraco que era, fiquei sem ação, sem resposta, e não consegui nem revidar.
O namorico acabou semanas depois e nós fomos cada um para o seu lado.
Ela se casou com uma pessoa conhecida e de familia influente, teve filhos e tocou sua vida em frente.
Eu me casei com uma moça de familia decente, tive filhos e toquei minha vida em frente também. Nunca, nesses anos todos, me lembrei que isso havia acontecido um dia.
Outro dia, em uma conversa de família, soube noticias dela sem querer e isso me veio à memória. Soube, por exemplo, que o marido e ela haviam se separado, soube que ela tinha problemas muito sérios com um dos filhos, soube que a situação financeira deles estava um caos e ela estava enorme de gorda.
Eu, se quiserem noticias minhas, estou muito (mas muito) bem casado, não tenho nenhum problema sério com nenhum filho meu, estou aposentado e vivendo (modesto) mas muito bem.
E para completar com uma cereja o meu bolo, minha mulher está cada dia mais bonita, linda, e eu cada vez mais apaixonado por ela.
Eu já falei muitas coisas nessa vida que "queimaram a minha língua". Já fiz, paguei muito por isso e tenho a Gisele como testemunha.
Mas, graças a Deus, a regra é para todos.
Não sou um cara vingativo (sou de Libra), mas a vontade que eu tenho (e ela não iria entender nada e me chamaria de louco) é de, quando cruzar com a dita cuja na rua, olhar bem na cara dela e dizer :
"'Fraco' é a puta que te pariu, sua baleia frustrada!"
É que eu só sei responder a uma ofensa depois de algum tempo (uns 30 anos). Na hora que me magoam eu fico assim mesmo, sem ação e sem resposta.

Sonho meu

Noite dessas sonhei com a minha falecida mãe. E olha que é dificil, não sei o porquê, eu sonhar com meus "entes" mortos.
Eu estava sentado e ela afagava minha cabeça enquanto a encostava em sí. Foi o carinho mais gostoso que recebí (?) nos últimos tempos.
Esta madrugada, antes de acordar por causa do vento direto de um ventilador em cima da mim, sonhei com meu pai. A gente caminhava pela Rua Brandão Veras, quase perto do Tiro de Guerra, quando eu o abracei e o beijei do lado direito do rosto dizendo a ele que gostava muito dele.
O estranho é que eu não me lembro dos sonhos por inteiro depois de muito tempo acordado. Tem de ser anotado na hora. Ficam na minha memória só as partes mais "marcantes".
Outra coisa que me estranha é o fato de não lembrar que haver dito ao meu pai nos últimos 20 anos antes dele morrer que eu o amava. Eu, logicamente, demostrava isso com muito respeito e gestos de carinho. Mas, verbalmente e fisicamente eu não o fiz.
Por isso, não acredito em gente que diz que "não me arrependo de nada que fiz na minha vida".
Eu me arrependo de muita coisa e não me envergonho disso.
Quer atirar a primeira pedra ?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Não basta ser honrado...

Pompéia, coitadinha, vivia muito sozinha, enquanto o marido Júlio César passava meses com seus exércitos. É nesse cenário perfeito para as fofocas que surge Clódio, um nobre admirador da moça. Numa noite, para conseguir se aproximar de Pompéia, ele entrou no palácio disfarçado, mas acabou se perdendo pelos corredores e sendo descoberto e preso.
O jovem foi levado ao tribunal e o próprio César convocado para prestar esclarecimentos. Ele declarou ignorar o que se dizia sobre sua mulher e a julgou inocente.
O penetra foi absolvido, mas Pompéia não se livrou do ostracismo e do repúdio do marido. Para quem o acusava de estar sendo contraditório, ao defender a mulher no tribunal e condená-la em casa, ele teria afirmado: “Não basta que a mulher de César seja honrada, é preciso que sequer seja suspeita”. E essa frase ficou famosa.
Tirando o Deputado Federal, que eu conheço pessoalmente pois é meu primo, e o Estadual, que fez alguma coisa por Bebedouro, não vou votar mais em ninguém.
Todos os outros me dão aquela impressão de "mulheres de César"...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Peroba nele

Para o nosso bem, Orestes Quércia - por estar doente - não corre o risco de ser Senador.
O que prova que Deus é piedoso.
E não morreu ainda.
O que prova - apesar de tudo que ele fez com o dinheiro de hospitais, escolas, etc - que Deus também é misericordioso.

É isso aí...


Agora é "oficial": Adriana Calcanhotto já é "marido" da cineasta Suzane de Moraes (essa da foto).
Será que para ser cantora de MPB de sucesso tem de ter um sapato maior do que o meu ?

Em casa

Porçãozinha de picanha no Rôdi? Pizza no Balaio? Escondidinho na Cachaçaria? Cervejinha no Amigos?
Não consigo mais.
Parece que fizeram um conluio contra os pobres e, com isso, me barraram.
Meu miocárdio não suporta mais aquela continha, que vem pelo garçon, no final.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ultimamente...

...ando meio de saco cheio, irritado.
Uma das causas é o sono, incontrolável. Durmo a noite toda e acordo mal, com dores espalhadas pelo corpo todo.
Mas, não é só isso que está me irritando, não. Com o olé que levava do CPAP temporariamente substituido pelo olé do gesso durante a noite, meu grau de sacocheismo aumentou alguns pontos.
A "ausência" de um braço direito ajuda na escala também.
Mas as mazelas físicas só corroboram para instigar as instabilidades internas que me acometem de tempo em tempo.
A administração de problemas que não são meus é, pode se dizer, minha "bola da vez".
Fico puto (no mais alto grau do putismo) quando sou cercado de problemas que não me dizem respeito e que (pior) quando já foram meus os solucionei sem a intervenção de ninguém : eu os resolvi.
E, quando não dei conta de resolvê-los (por desconhecer a forma de solução) meti a mão no bolso e paguei para que alguém o fizesse para que eu não me desgastasse e, consequentemente, não amolasse a ninguém.
Espero isso dos outros, mas acho que não é bem assim que os demais pensam.
E, aí de mim se externar isso. Aí de mim se insinuar isso.
Calado e puto vou superando. O duro é que isso me faz um mal danado.
Acredito que um maço de Continental sem filtro e um prato de pururuca não superam o mal que fez engolir essa coisa toda.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ninguém é insubstituível

Ninguém é insubstituível.
Um dia,quando você se achar muito importante. Um dia, quando seu ego estiver no apogeu. Um dia, quando você tiver plena certeza de que ”não há ninguém melhor que você“. Um dia, quando você achar que sua partida deixará um vazio impreenchível, siga estas instruções bem simples :

Pegue um balde e encha-o de água até a boca. Coloque a mão dentro, até o fundo. Tire a mão.
O buraco que ali permanecer terá o tamanho da falta que você fará neste mundo.

Talvez, você transmita alegria quando chegar. Talvez agite a água em profusão a ponto dela cair um pouco fora do balde.
Mas, pare, e verá que em pouco tempo tudo ficará com antes.
A água voltará a ficar calma, da mesma forma que estava antes de você colocar sua mão no balde.

A intenção deste estranho exemplo é fazer você refletir de que tem de fazer sempre o melhor possível, sentindo orgulho de si mesmo.
Mas lembre-se:

Não existe homem insubstituível...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desespero

Estou há 3 semanas com (todo) o braço direito engessado.
Por isso não passei antes por aqui.
E essa tortura vai durar mais 5 dias.
Mas, a gente tira alguma lição de tudo que passamos. A minha vem do Padre Antônio Vieira:
"Nós somos o que fazemos.
O que não se faz nao existe.
Portanto, só existimos quando fazemos.
Nos dias que não fazemos, apenas duramos..."