sexta-feira, 25 de março de 2011

Vida

Penso, logo desisto !
Como o Tarzan costumava dizer :
- Lá fora é uma selva !

quinta-feira, 24 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Bebedouro

A situação em Bebedouro está tão ruim, que já tem até mulher aqui se casando só por amor.

Titãs

Fui no show do Titãs!
Eu e a Gi fomos no meio do povão: era mais barato e os Titãs iriam cantar a mesma coisa, tanto para nós e como para o pessoal do camarote.
Bom, né ?
Os caras já estão meio velhinhos e cansados. Mas, empolgaram!
Mexemos o pézinho a noite toda...
Meu vizinho é que não passou muito bem durante o show. Acho que foi aquela água de Fukushima que ele tomou.

Inspiração

Onde arrumo tanto assunto ?
Ah, meu amigo ! É que, para suportar a sua própria história cada um vai acrescentando a ela um pouco de lenda.

Enquete


Tenho medo de passar, mesmo de carro, perto de gente cortando grama em canteiros - como os de avenidas, por exemplo.
Me encolho todo e não consigo olhar. Meu medo é de levar uma cassetada no rosto ou no olho - vinda, obviamente, de algum objeto lançado pela pá daquela merda.
Pergunto :
( ) Isso é normal ?
( ) Isso é alguma fobia ?
( ) Isso é trauma de infância ?
( ) Isso é viadagem mesmo ?

Só as cachorras...

Michelle Obama na Cidade do Samba e na Unidos da Tijuca...
Se não fosse embora hoje ela viraria, com certeza, "Garota da Laje" lá no Morro do Alemão.

Believe or not

Camila Pitanga usa Rexona ?
Angélica lava os cabelos com Niely Gold ?
Xuxa se lambuza com Monangè ?
Preciso parar de assistir televisão, senão vou ficar mais azedo do que já estou.

Dia Mundial da Água

Em comemoração ao Dia Mundial da Água, que acontece neste dia 22 de março, vou tomar os dois litros de água - que disseram que a gente tem de beber diariamente - e fazer xixi no vaso de alfazema daqui de casa: isso para economizar na descarga e incentivar o reaproveitamento de um dos meus principais recursos hídricos.

Cadê o Perigeu?

Quando a Lua se encontra na ponta da elipse mais próxima da Terra está no perigeu e quando se encontra na ponta da elipse mais afastada da Terra dizemos que se encontra no apogeu.
Sábado, 19 de março, era a noite do Perigeu: ela parecia estar 14% maior e ter cerca de 30% mais luz do que o normal.
Só que aqui em Bebedouro - como aconteceu em todo o Carnaval e no desfile de sábado, com o trio-elétrico tocando marchinhas antigas - choveu !
Não vimos, portanto, a "Super-Lua".
Acontece que ontem, inconformado, fiquei de tocaia no quintal por uns instantes e cliquei - mesmo com o tempo nublado - essa imagem aí de cima.
Não é uma coisa que podemos chamar de Perigeu.
Mas, valeu !

quinta-feira, 17 de março de 2011

A luz dos olhos teus...

Incrível, mas todas às vezes que eu estou de óculos e olho no espelho, ou em qualquer coisa que reflita minha imagem, eu vejo no meu olhar o olhar do meu pai.
Uma das imagens que tenho dele, ainda vivo, é a do olhar atrás das lentes grossas dos grandes óculos que ele usava. E cujo modelo, ou para mais grosso ou para mais fino, ele sempre usou pela vida toda em que eu o conheci.
Nos últimos tempos, quase vencido pelo Parkinson e já cansado dessa vida ( a gente vai cansando ) ele olhava triste e distante tudo aquilo que focava. Era um olhar melancólico, mesmo nos momentos alegres.
Era como se ele suplicasse alguma coisa que só ele sabia o que era ou tivesse vontade, ou não tivesse coragem, de dizer: algo que estivesse lá no fundo daquele coração octagenário.
Dependente das pessoas que o cercava, sem vontade nenhuma de expor as mãos trêmulas pelas ruas, sem o equilibrio necessário para subir ou descer qualquer obstáculo, ele ficava sentado por horas a fio. Ora lendo o jornal, ora pensando com o olhar distante.
O que pensava, naquelas horas, o meu pai? Perguntava-me às vezes e até algum tempo depois de sua morte.
Hoje, depois de passar por poucas e boas com a minha saúde. Depois de ser colocado de lado na vida profissional, bem no auge da minha carreira, por uma aposentadoria providencial, porém castradora. Depois de ter de administrar duas adolescências que não me deram um pingo de trabalho, mas me encheram ( e enchem ) de preocupação paternal, depois de ver a morte da minha mãe, o esquecimento dos poucos amigos que tenho e o esvaziamento de algumas ambições...
Hoje, no medo de não dar conta dos meus compromissos, no medo de não conseguir deixar à minha descendência um legado de autonomia profissional e financeira...
Hoje, acuado pelas instabilidades das minhas apnéias e arritimias...
Hoje, assustado com as notícias de semelhantes que padeceram traiçoeiramente vitimas de seus corações até então saudáveis...
Hoje...
Hoje eu sentei no mesmo sofá que meu pai sentou por décadas e levantei, despretensiosamente, a tampa do meu notebook. Imagine que, sem querer, encontrei aquele olhar do meu pai refletido na tela : me fitando, me olhando firme e fundo, querendo me dizer algo inpronunciável.
Alguma coisa que ele não disse e que eu jamais saberei dizer ou terei coragem de verbalizar.
Sabe, gostaria muito de poder voltar no tempo. Só que com o mesmo "recheio" que tenho hoje. Gostaria de assim sentar de frente para ele e, então, trocarmos aquele olhar vago, distante, experiente e revelador.
Descanse em paz, meu pai !