quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pedofilia : a gente vê por aqui.

Acompanhei na televisão a resportagem sobre um técnico de futebol infanto-juvenil de Sorocaba que abusava dos seus "atletas".
Após o treino os abusos aconteciam nas redondezas do campo de futebol. E prosseguiam na casa do maníaco, após convite aos meninos para darem uma passadinha por lá.
Eu nunca joguei futebol em minha vida ( mal sei chutar uma bola ) e nunca fui abusado sexualmente por ninguém. Mas, passei por uma situação de assombro quando criança que, felizmente, só se avizinhou deste caso aí de cima.
Tinha eu os meus 10 anos e caminhava pelo início da Avenida Raul Furquim, rumo à Prefeitura ( onde minha mãe e meu pai trabalhavam ) quando um sujeito que treinava o time infanto-juvenil da Internacional de Bebedouro me chamou na base do "psiu!!".
Eu, bem informado pela Dona Anna a respeito destas situações, fiz ouvidos de mercador e continuei a caminhar.
Mas, não é que quando ele me via, nos dias que se sucederam, insistia em me chamar. E eu continuava a andar firmemente, sem dar atenção.
Só que aquilo foi me assustando.
Comecei, dessa forma, a evitar a rua. E, quando saia, olhava para os lados, assustado e com medo. Aterrorizado e trancado em casa fiquei assim por semanas. O tempo exato eu não sei dizer : me pareceram anos.
A rua era o Inferno !
Eu disse para a minha mãe do ocorrido e ela me pediu para que, quando acontecesse, a avisasse.
Até que um dia precisei ir à Prefeitura falar qualquer coisa com a minha mãe. Morávamos perto e não tinhamos telefone.
E eis que na esquina da avenida, lá estava ele. Morrendo de medo, passei pela praça em frente, bem longe.
Mas, não adiantou. Ele chamava, fazia o tal do "psiu!" e ameaçou até vir em minha direção.
Corri até a Prefeitura e contei para minha mãe.
Dona Anna largou o que estava fazendo e foi até lá. Acabou com a raça do sujeito.
Não contente com a situação procurou a Diretoria da Internacional e até descobriu que existiam outras queixas contra o sujeito.
Meu medo se tranformou em asco e nunca mais o vi.
Acho que hoje ele já deve estar no Inferno. E com aquele tridente do capeta enfiado no rabo.
Acredito que é assim que acaba esse tipo de gente.
Eu escapei. Mas e quanto aos milhares que são abusados, e até mortos, por esse mundão afora?
Por isso, quando ver alguma coisa suspeita, não tenha medo. Mesmo cometendo uma gafe, interceda.
Lembre-se que a criança é indefesa e, na maioria das vezes, mal orientada.

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